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Regras e limites

Com certeza. Regras e limites são a base para o desenvolvimento da segurança, disciplina e autogestão (ou autorregulação) nas crianças, especialmente naquelas mais agitadas ou impulsivas.

A forma como você estabelece e aplica essas regras é o que faz toda a diferença.

Como estabelecer regras e limites eficazes?

  1. Poucas regras, claras e positivas

Não sobrecarregue a criança com muitas proibições. Foque no que é realmente importante.

Foque no Comportamento Desejado: Em vez de dizer “Não grite!”, diga “Use a voz de dentro de casa” (ou “voz calma”). Em vez de “Não corra”, diga “Caminhe devagar”.

Por quê? O cérebro infantil responde melhor a comandos que dizem o que fazer, e não o que evitar.

Sejam Breves: As regras devem ser simples e fáceis de memorizar. Por exemplo: “Mãos e pés para brincar, não para machucar”.

Envolvimento da criança: Se possível, envolva a criança mais velha na criação de algumas regras de casa. Pergunte: “Quais regras você acha que são importantes para que todos fiquem seguros?” Isso aumenta a cooperação.

  1. Consistência é a chave

A regra mais bem pensada não funciona se não for aplicada sempre. A consistência é o que cria a segurança.

Siga em frente: Se você disse que a consequência para não guardar os brinquedos é que eles ficam “descansando” por um dia, faça isso. Não ceda ao choro ou à birra.

Trabalho em equipe dos pais: Os pais (ou cuidadores) precisam ter as mesmas regras e aplicá-las da mesma forma. Se um diz “sim” e o outro diz “não” para a mesma coisa, a criança aprende a barganhar e a desrespeitar o limite.

  1. Consequências naturais e lógicas

As consequências não são punição, mas aprendizado. Elas devem estar ligadas à ação.

Comportamento

Consequência Lógica

Jogar a comida no chão.

A criança precisa ajudar a limpar a bagunça.

Não guardar um brinquedo.

O brinquedo fica fora de uso (descansando) por um período de tempo.

Interromper a fala de alguém.

O adulto se afasta ou para de falar até que a criança espere a sua vez.

Não terminar o dever de casa.

Não pode ter tempo de tela (TV, celular) até que o dever seja concluído.

Aviso: Dê um alerta claro antes de aplicar a consequência: “Se você não guardar o tablet agora, ele terá que ficar na gaveta até amanhã. Qual você escolhe?”

  1. Ofereça escolhas limitadas

Dar à criança a sensação de controle ajuda a reduzir a resistência e a agitação. Isso não é dar poder, é dar escolha.

Na Rotina: Em vez de “Vista a camisa agora!”, diga “Você quer a camisa azul ou a verde?”

No Banho: “Você quer tomar banho antes de ler ou depois de ler a história?”

Ao dar opções limitadas, você mantém o limite (tomar banho) mas cede o controle sobre o processo, o que satisfaz a necessidade de autonomia dela.

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