Divórcio! E agora?
A decisão foi tomada pelos adultos, agora chegou a hora de conversar com as crianças. É um momento difícil, e a forma como vocês comunicam o divórcio aos filhos é crucial para a saúde emocional deles. Ser honesto, falar com clareza e acolher (dar conforto) devem ser as prioridades.
Falem juntos: Se possível, os dois pais devem estar presentes. Isso demonstra uma frente unida e reafirma que ambos continuarão sendo os pais.
Escolham a hora certa: Escolham um momento em que não haja pressa (um fim de semana, por exemplo), e em um lugar neutro e confortável (como a sala de estar).
Seja breve e direto: Não é hora de discutir os detalhes do relacionamento. A conversa deve ser focada nas crianças e em como a vida delas será afetada.
Comecem de forma simples e direta, usando palavras apropriadas para a idade deles. A mensagem deve cobrir estes pontos:
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O QUE DIZER |
POR QUE É IMPORTANTE |
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“Mamãe e Papai decidiram não viver mais juntos como marido e mulher.” |
Clareza: Use a palavra “divórcio” ou “separação” para evitar confusão. |
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“Isso é uma decisão de adultos, e não tem nada a ver com você.” |
Alívio da Culpa: Essa é a parte mais importante! As crianças frequentemente acham que a separação é culpa delas. Repitam isso várias vezes. |
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“Nós dois amamos você muito e isso nunca vai mudar.” |
Segurança: Reafirma o amor incondicional, a única coisa que realmente importa para elas. |
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“A partir de agora, teremos duas casas, mas seremos sempre uma família.” |
Previsibilidade: Começa a introduzir a mudança de rotina de forma positiva. |
O que muda na prática?
As crianças se preocupam com o concreto. Depois da notícia, elas vão querer saber o que muda na prática.
Onde vão morar: Expliquem quem vai sair e onde a nova casa será (se já souberem). Enfatizem: “Você terá seu quarto nas duas casas” ou “Seus brinquedos vão viajar com você”.
Rotina (Escola/Amigos): Garanta-lhes que a rotina básica (escola, amigos, atividades) será mantida o máximo possível. A estabilidade é fundamental.
Quando e Onde Vê-lo: Descreva o plano de visitas de forma simples: “Você vai passar as noites de segunda e terça com a mamãe, e de quarta a sexta com o papai, e vamos revezar os finais de semana.” Evitem usar termos legais ou complicados.
Sentimentos das crianças
Permitam que as crianças expressem o que estão sentindo, mesmo que seja raiva ou tristeza.
Escutem atentamente: Estejam prontos para o choro, a raiva ou o silêncio. Não interrompam e não tentem “consertar” o sentimento, apenas o validem: “Eu sei que isso é triste e é normal ficar com raiva. Estamos aqui para você.”
Respondam às perguntas: Respondam de forma honesta, mas sem entrar em detalhes negativos sobre o outro genitor.
Exemplo: Se perguntarem: “Por que vocês brigam?”, respondam: “Nós dois temos dificuldades em nos dar bem em algumas coisas, mas isso é só sobre nós. Não é sobre você.”
Mantenham a calma: O divórcio é o fim do casamento, não o fim da família. Continuem tratando o outro genitor com respeito na frente das crianças.
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